Claudio Odri, diretor de "Mino e Nina"
Por Jéssica Salomão, estudante de Jornalismo
Pioneiro no trabalho para TVs públicas, o diretor Claudio Odri havia acabado de palestrar em um evento em Brasília quando, segundo ele, recebeu “uma aula sobre Prodav e os trabalhos da Ancine”. Animado com o que tinha absorvido da conversa em Brasília, voltou para São Paulo com a sede de ingressar diversos projetos no edital do Brasil de Todas as Telas. Produziu desde documentários a ficções como a animação “Mino e Nina”.
O desenho apresenta dois irmãos e o seu amigo imaginário, que a cada episódio conta a eles uma lenda brasileira como o Curupira, Iara Mãe d’agua e o Boitatá. Ao decorrer dessas histórias, os irmãos vivem com o amigo diversas aventuras. Ao final de cada episódio, um resumo da história vivida pelos irmãos é mostrado em forma de álbum de figuras.
Um diferencial na animação é que Mino e Nina não possuem falas, eles emitem alguns sons que só são entendidos pelo amigo imaginário, que narra suas falas, emoções e as aventuras que vivem, o que torna a produção muito diferente e inovadora, atendendo ao desejo inicial da CDCLIP, produtora da animação. “Somos uma produtora 100% internet. Quando migramos para TV, nós pensamos que não queremos e nem poderíamos ser uma TV comum”, explica Claudio.
Atitude e coragem foram cruciais para o desenvolvimento dos projetos. Como disse o diretor, eles eram “marinheiros de primeira viagem” e alcançar o primeiro lugar na categoria em que “Mino e Nina” estava inscrita foi uma surpresa enorme. Ao saber do sucesso da animação na TV Cultura e da veiculação na TV UFAM, a equipe ficou muito animada. “Nós não temos um controle de onde o programa está passando ou qual a reação do público em relação a ele. Esses feedbacks são muito importantes”.